Neste 12 de outubro, que tal pensar sobre como estamos nos comunicando com as crianças?

Por contento
Como mãe e jornalista apaixonada pela linguagem, vivo diariamente o desafio de dialogar com uma pessoa de 9 anos de idade que, como prevê seu desenvolvimento, adora questionar e desafiar regras e ordens. Em meio ao caos que isso impõe a quem geralmente está com pressa e cansada, também já metabolizei que ser firme e dar limite não me impede de ter atenção ao ponto de vista dele, mesmo que no fim das contas isso não vá ser acatado. ➡️ É sobre acolher e validar o que ele quer expressar, não sobre ceder ou ser manipulada.
A comunicação é a base de qualquer relacionamento, não importa a faixa etária de quem está envolvido. Só que em se tratando de infância, ela também vai ser modelo e referência. Assim, o jeito como os adultos se comunicam com as crianças vai ENSINAR, direta ou indiretamente, como elas vão fazer isso dali para a frente, o que tem um impacto enorme nas suas habilidades sociais e emocionais no futuro.
O que precisamos para uma comunicação respeitosa:
🙉 Escuta ativa: Mostrar que estamos prestando atenção genuína no que a criança está expressando.
🙏🏼 Validação emocional: Reconhecer os sentimentos, mesmo que pareçam desproporcionais sob o olhar adulto, sem menosprezá-los.
📢 Uso de linguagem adequada: Falar com clareza e sem gritos, evitando análises abstratas ou palavras agressivas.
⏱️ Lembrar dos tempos: A interpretação é um processo de amadurecimento, portanto nem sempre uma ordem ou um direcionamento será processado de imediato. Identificar o que é urgente e ter paciência para que cada pessoa reaja no seu tempo pode ser libertador também para o adulto.
Respeitar o olhar da criança não significa ser permissivo, pelo contrário.👀 É uma forma de desenvolver melhor a confiança e os limites. Um presente que vale para a vida inteira. 🙏🏼💓